A MERDA TALHOU: deu tudo errado, o esquema furou, ocorreu o inverso ao planejado. A PULSO: a força, na marra, conseguir com muita dificuldade.
ABAIANADO: muito enfeitado, cores berrantes, sem bom gosto (crítica ao jeito baiano). ABESTADO: besta, idiota, imbecil. ABILOLADO: abestalhado. ABISCOITADO: efeminado, aviadado, rapaz com gestos delicados. ABISTUNTADO: lesado, abestalhado. ABRIR: rir, achar graça; sair da situação para fugir das
conseqüências, acovardar. ABUSADO: atrevido, metido, enjoado; pessoa chateada, com raiva. ACERTAR NA VEIA MESTRA: engravidar uma mulher. ACOCHAR: apertar, forçar uma confissão de preso, dar duro. ADIÇÃO: grande festa, baile, festival. ADIJUNTO: aglomerado de pessoas, como em uma grande festa. AFOLOSADA: afulosada. AFOLOSADO: afulosado.
AFULEIMAR: inflamar. AFULOSADA: mulher de vagina enlarguecida, muito aberta, que não é mais apertadinha. AFULOSADO: arrombado, que teve o ânus enlarguecido. AGOADO: pão de massa fina na forma de dois rocamboles juntos. AGORA DEU!: interjeição de indignação. AIÉGUA: interjeição de lamentação (também se usa "aizégua"). AJUIZAR: dirigir partida de futebol (apitar), ser o juíz da partida. ALAGOAS: refere-se também a um tipo de pão. ALICATE: que tem as pernas tortas pra fora, zambeta. ALUÍDO: rosca danificada, que não aperta mais. AMANCEBADO: mancebo, que vive em mancebia. AMANCEBAR: se juntar, viver junto sem casamento. AMARFANHADO: mal-vestido, desalinhado, amarrotado. AMASIAR: se juntar, como amante. AMOLEGADO: remexido, apalpado, revirado. AMOSTRADO: exibido, que gosta de aparecer, de se mostrar. AMUADO: emburrado, chateado. AMULEJO: feixo de mola do carro. AMULESADO: afeminado, que tem jeito de mulher, bicha. AMUNDIÇADO: mal educado (principalmente nas refeições). ANCHO: feliz, elogiado.
ANDAÇO: diarréia (porque a pessoa se dirige ao mato). ANDAR DE PEVETE: andar a pé. ANDAR NA BOCA DO MUNDO: ter má fama, ser mal falado por todos. ANTRESONTONTE: antes de antes de ontém, ternantontem. APAPAGAIADO: cheio de cores berrantes, coisa de mal-gosto, . APERREADO: agoniado, apressado, impaciente, nervoso. APERREIO: agonia, dificuldade, aperto. APIAR: descer do transporte (carro,cavalo,etc.). APILAR COCÔ: ato de pederastia, dar a bunda. APLICAR XEXO: não pagar uma conta, cambalacho, sair sem pagar. APOIS: pois, então. APOQUENTAR: chatear, amolar a paciência. APROCHEGAR: se aproximar, chegar mais perto (aproximar+chegar). ARATACA: nordestino, cabeça-chata; armadilha para pegar ratos. ARENGA: intriga, briga, fuxico. ARENGAR: brigar, resmungar, criar caso. ARENGUEIRO: encrenqueiro, que procura briga ou confusão. ARFAR: mal-estar de quem comeu demais. ARIADO: desorientado. ARRANCA-RABO: confusão, briga, rolo. ARRASTAR A MALA: indica viagem; viagem perdida. ARRASTAR O LENÇOL: ir dormir em determinado lugar.
ARREMEDAR: imitar. ARRETADO: muito bom, muito legal; sentimento de raiva de alguém (ficar arretado). ARRIADO: indica também "estar apaixonado". ARRIBACÃO: versão sertaneja do feijão tropeiro ou baião de dois. ARROCHA !: aperta! xumbrega!. ARROCHADINHA: mulher de vagina apertadinha. ARROCHAR: apertar, dizer desaforo, tirar uma casquinha (sarro). ARROCHAR O BURITI: estar na maior animação. ARROMBADO: que teve o ânus penetrado e enlarguecido, ânus rasgado. ARRUDEIO: volta, desvio, caminho maior. ARRUDIAR: dar a volta por fora, ir pelo outro lado. ÁS DE COPAS: o ânus. ASSUNTAR: pensar, refletir sobre um assunto; tratar de um assunto. ATARANTADO: atarefado, confuso com tanta coisa pra fazer. ATOLEIMADO: inquieto, apalermado. ATROADO: atrapalhado, azuretado. AVACELO: avaliação, avalio. AVE: interjeição de espanto (ave maria!). AVEXADA: com muita pressa, preocupada, nervosa. AVEXAME: pressa, típico do avexado(a). AVIA !: interjeição para apressar alguém (avia mulé!).
AVIÃO: jogo de amarelinha (brincadeira infantil). AZEITONA: fruta conhecida como brinco-de-viúva; cocô de cabrito. AZOGADO: Louco, doido, endiabrado. AZOGUE: ímã. AZUADO: doido, "tan-tan", perturbado. AZULADINHA: nome de uma cachaça local. AZUNIR: jogar, sacudir. AZURETADO: atrapalhado, perturbado, confuso. AZURETAR: atrapalhar, perturbar, irritar, tirar a concentração de alguém. AZURUÓ: louco, doido. BABÃO: puxa-saco, balança-ovo.
BACALHAU DE PORTA DE VENDA: pessoa muito magra e desconjuntada. BACULEJO: ato sexual pleno; ser revistado pela polícia na rua, revista policial. BAGAÇO: muito cansado, exausto, sem forças, imprestável. BAIÃO DE DOIS: feijão cozinhado com arroz; feijão tropeiro. BAIANICE: coisa bagunçada, sem organização, sem estética ou critérios (crítica ao estilo baiano). BAIXA DA ÉGUA: lugar muito distante e/ou imaginário. BALAIO DE GATO: coisa ruim, confusa. BALEADO: cansado, adoentado, fraco. BANANA ANÃ: banana grande e mais doce, banana d'água. BANDA DE BOLSA: pessoa ruim. BANDEIRINHA: menstruação. BANDULHO: estômago. BANDÚRRIO: estômago. BANZEIRO: que anda com o corpo balançando (certo jeito de andar). BARATA DE IGREJA: beato, carola. BARRA DO DIA: nascente do sol. BARRA-TOMADA: brincadeira infantil (parecida com barra-bandeira). BARREIRO: açude, fosso cavado p/ conservar água de chuvas. BARRIGA GRANDE: natural da cidade de Monteirópolis. BARRIGA DE CACHORRO MAGRO: que come tudo de uma vez e depois fica sem
o que comer. BATATINHA: batata-frita. BATER A PÁ DO RABO: falecer, morrer, bater as botas. BATER BOLACHA: ato sexual próprio das lésbicas, toque lésbico. BATER BRONHA: masturbar-se. BATER CAIXETA: masturbar-se, copular; também é lesbianismo (bater bolacha). BATER PICADINHO: fazer embaixadas com a bola. BATOCO: pessoa de pequena estatura, toco. BATOQUE: pedaço arrancado de objetos ou da pele de pessoas. BAVARIA: mulher dos amigos, que já namorou com um grupo de amigos. BEATA: também se refere a ponta de cigarro. BEBEMORAR: comemorar com bebida. BECA: elegância, pessoa muito arrumada. BELEZA DE CREUZA: tudo bem, contente, numa boa. BELEZAU: coisa boa, certa, acertada, nos conformes. BESTICE: besteira. BEXIGUENTO: canalha, patife, cretino. BIBOCA: rua estreita e escondida de bairro pobre, rua ou lugar afastado, escondido. BIBOZINA: o pênis. BICHO DA BESTA: pessoa abobalhada.
BICO DOCE: que beija muito ou é muito beijado. BIGU: carona. BIGUZEIRO: aquele que sempre procura carona (não quer pagar passagem). BILAU: pênis, bilunga. BILOCA: bilunga, pênis. BILOLA: pênis, pênis de menino, bilunga. BILOLÔ: abilolado, retardado. BILORA: desmaio; bilunga. BILUNGA: pênis, pênis de menino. BIMBA: pênis. BIMBAR: transar, usar a bimba. BIQUETE: playboy, badboy. BIRILO: prendedor de cabelo. BISACA: mochila. BISCAIA: mulher da vida, piranha, quenga. BISONHO: besteira. BIZU: cola de prova, dicas de prova, pesca. BIZUNGA: triste, doentio, distraído. BOBA DA PESTE: interjeição de raiva, algo muito ruim. BOBÔNICA: boba da peste (bubônica). BOCA DE CAÇOLA: que tem a boca grande.
BOCA DE CAIEIRA: sujeito bravo, valente. BOCA DE PONCHE: pessoa que só vai às festas para comer. BOCA DE SIRI: refere-se também aos políticos que nunca se manifestam. BOCA QUENTE: pessoa importante, que tem influência ou experiência. BOCAL: o ânus. BOFADA: barulho fofo. BOGA: ânus. BOIAR: parar por cansaço. BOLACHEIRA: lésbica. BOLO DE ROLO: rocambole. BOMBA: tipo de confeito, bombom; dinheiro; posto de gasolina. BORA LI: vamos ali, embora pra ali. BORA NÓS: vamos embora, "vamo simbora". BORNÁ / BORNAL / BORNAR: saco de colocar milho que é preso a boca do burro. BORÓ: dinheiro; cigarro de pobre. BOROCOXÔ: triste, cabisbaixo, sem ânimo. BORRACHINHA: elástico de amarrar dinheiro, liga. BOTAR BUCHO: engravidar. BOTAR GALHA: cornear, botar pontas, chifrar. BOTAR O BEZERRO: vomitar de tanto beber, vomitar o pirão de louro. BOZÓ: dado (de jogo).
BRAIADO: atrapalhado, coisa misturada. BRECHANDO: olhar pela brecha, espiar a vizinha, olhar escondido. BRECHINHA: vagina de criança. BREGUEÇO: indivíduo ou coisa desclassificada, sem valor, uma coisa qualquer ('brequeço' também é usado). BRINCO-DE-VIÚVA: fruta semelhante a jaboticaba ou azeitona preta. BRINQUEDO DO CÃO: pessoa ou coisa feia. BROCO: pouco inteligente, burro, que precisa que lhe repitam as coisas (vem de bronco). BROCOTÓ: coisa séria. BRONHA: masturbação (do homem). BRUGUELO: criança pequena. BUCHADA: iguaria feita c/ picado de vísceras cozidas dentro do bucho. BUDEJAR: resmungar (baixinho). BUFA: peido, bufo. BUFAR: peidar; soprar de raiva. BUFO: peido; sopro forte. BUFO-BUFO: pancadaria. BULIR: mexer, provocar, irritar, deflorar. BUNGAR: mexer em algo, reinar. BUTIJA: espécie de tesouro (dinheiro, jóias, ouro) guardado (quando não haviam bancos).
CABAÇO: hímem. CABAÇUDA: mulher virgem (fêmea virgem), que tem cabaço. CABEÇA DE ROLA DOIDA: cabelo curtinho de mulher. CABEÇÃO: vestido de baixo, tipo "hoby", muito usado antigamente. CABODE: pênis. CABRA: uma pessoa, um cara. CABRA DA PESTE: uma pessoa muito boa no que faz (de bom ou de mal). CABRA DE PEIA: pessoa sem vergonha, que apronta, mal-caráter. CABRÃO: Pessoa robusta, desenvolvida, grande. CABREIRO: matreiro, manhoso, mulherengo não exibido, desconfiado. CABRESTO: pele atrás da glande do pênis, cabaço do homem ou parte da pele colada que causa fimose. CABRITO: menino atrevido; pequeno roubo. CABUETA: fofoqueiro, que leva e traz (variação originada de alcagüete). CAÇOLA: calcinha (vem de calçola). CAÇUÁ: espécie de cesto duplo utilizado em jegues. CACULO: o que passa da medida de um copo um montinho pra fora (só sólidos). CADÁVER AMBULANTE: magro como um cadáver, esquelético. CAFOFA: bola chutada sem muita força ou mal chutada, por extensão qualquer coisa atirada com pouca força.
CAFUNDÓ: lugar muito distante. CAGADA: iguaria feita com carne de cágado; fazer besteira. CAGADA E CUSPIDA: muito parecida, "cuspida e escarrada". CAIVARA: pessoa ou animal velho e magro. CAIXA DOS PEITO: tórax, peito. CAIXA PREGO: lugar muito distante, muito longe. CALANGO: espécie de lagarto do mato; bícepes. CALETE: tendência inerente a uma pessoa que lhe imporá determinadas características. CALIFOM: situã. CALOR DO ESTOPÔ: calor muito forte, que leva a estoporar. CALUNDUM: triste, emburrado. CAMBOTA: pessoa que caminha de pernas abertas (joelhos separados). CAMBRECÁ: carro velho, calhambeque. CAMBRIÃO: amante, amasio. CANELA DE SOCÓ: pessoa que tem as pernas finas. CANGA: cesto de carga de animais; espécie de saia de praia. CANGOTE: toitiço, parte traseira do pescoço. CANGUINHA: pão duro, que não gosta de gastar o que tem. CAÔ: mentira. CÃO CHUPANDO MANGA: mais feio que o cão (capeta); reconhecidamente bom no que faz.
CÃO DO SEGUNDO LIVRO: cão, diabo, alguém terrível. CANHÃO: mulher feia, desajeitada, bagulho. CAPIONGO: tristonho. CARA DE FUN-DE-LÔ: xingamento. CARA DE LOLÔ: cara de descabriado, de desconfiança. CARA BRANCA: político da situação. CARA PRETA: político da oposição. CARNE DE GADO: carne de boi (ou vaca). CARNE DE PESCOÇO: coisa difícil, ruim, o contrário de "filé". CAROÇO DO ZOIO: globo ocular (caroço dos olhos). CARRASPANA: cachaça, ficar de porre. CARREGAÇÃO: diarréia. CARREGO: pilha; mala, cesto. CARTEIRA: tipo de pão que tem formato de carteira de documentos. CASAMENTO DA RAPOSA: chuva com sol forte. CASAR NA IGREJA VERDE: ter relações sexuais antes de casar (casando ou não depois). CASSACO: espécie de gambá de hábitos noturnos; trabalhador da época de secas do DNER. CATABIL: buraco de estrada que causa solavanco no veículo. CATABIO: buraco de estrada que causa solavanco no veículo. CATAR FICHA: quando a pessoa vai caindo e tentando se amparar com as mãos/braços. CATENGA: lagartixa. CATIMBÓ: macumba. CATITA: rato pequeno, ratinho. CATOTA: meleca do nariz, creca. CATRAIA: prostituta. CAVALA: mulher de corpo exuberante e bem torneado, jumenta. CAVALO BATIZADO: homem estúpido, grosseiro.
CAVUCO: depósito para colocar pó de carvão. CEGA DEDÉ: pessoa que não vê nada. CÊRA DE SANTÍSSIMO: pessoa pálida, amarelada. CHAMADA: grande trago de aguardente (ou outra bebida alcoólica forte). CHAMAR NA CHINCHA: atrair, agarrar para abraçar, trazer para si. CHAMAR NA GRANDE: transar; trazer algo com vontade e disposição. CHAMAR RAUL: vomitar de tanto beber. CHAMEGO: carinho, excitação a dois, amizade íntima, paixão violenta. CHAPÉU DE COURO: beiju grosso de mandioca e côco. CHAPÉU DE OTÁRIO É MARRETA: expressão que indica que uma pessoa é idiota, um otário (gíria). CHAPULETADA: tapa de mão aberta no pé do ouvido; pancada. CHEBA: o pênis. CHEIRANDO A LEITE: referente a pessoas bem novas (geralmente meninas adolescentes). CHEIRO: beijo. CHELELÉU: balança-ovo, puxa-saco, babão. CHICO: menstruação; a vagina. CHICOTE: o ânus. CHOCHA-BUNDA: feijão de corda (porque deixa a pessoa chocha, magra ). CHOQUE DO CRANCO: um choque muito forte.
CHUCHADA: golpe desferido por instrumento perfurante; dor de cabeça. CHUMBETA: puxa-saco, baba ovo. CIEBA: ânus. CIGARRA: campaínha (aliás, o termo 'cigarra' é bem mais empregado que campaínha). CIGARRO BRANCO: cigarro com filtro. CISCO: lixo. COBRIR O RANCHO: situação na menina em que estão nascendo os pelos pubianos. CÔCO: além de fruta, também é dança folclórica alagoana. COCOROTE: cascudo, croque, pancada com a mão fechada na cabeça. COISA POR PESTE!: muita coisa, muito trabalho a ser realizado. COISA POUCA: pouca coisa, algo em pequena quantidade. COISA RALA: coisa fraca, líqüido aguado, pouco concentrado. COISAR: transar, ter relações sexuais. COIVARA: queimada na roça para preparar para o plantio. COLOIO: aglomeração de pessoas, juntamento. COMBISTA: categoria dos motoristas de pequenos transportes, sobretudo de kombis. COMI QUE FIQUEI TIBI: comi que fiquei estourando, cheio, empachado. COMO COBRA QUE PERDEU O VENENO: desorientado, sem saber o que fazer. CONFEITO: qualquer bala ou caramelo.
CORDÃO CHEIROSO: fio dental (biquine/tanga). CORPO REIMOSO: organismo sem defesas, doentio. CORREDEIRA: desinteria. CORREIA DE PONTA: pessoa muito amiga, muito ligada (e vice-versa). CONVERSA DE MENINO AMARELO: explicação ou desculpa mal arranjada. CRECA: sujeira, crosta de sujeira ou escremento; meleca do nariz. CRICA: cocô seco; a vagina. CRIOULO: tipo de pão que tem duas metadades emendadas. CRIVO: cigarro. CU DE JUDAS: lugar ruim. CUCHINGA: cócegas, fazer rir tocando em partes sensíveis do corpo. CUIA: qualquer vasilha. CURIMÃ: espécie de peixe. CURURU: tipo de sapo; transporte clandestino de navio; o fusca. CUSCO: cachorro. CUSTAR OS CABELOS DA CABEÇA: custar muito, mais do que se tem p/ comprar. DA BÊBA: da peste, da desgraça, da boba, algo muito forte. DA BEXIGA: muito forte, algo de grande intensidade, geralmente muito ruim. DA BESTA FERA: da peste, da desgraça, algo muito forte. DA BOBA: forma sintética de dizer "da bobônica" . DA BOBA SERENA: algo muito forte ou grande. DA BOBÔNICA: da peste, da desgraça, algo muito forte. DA DISGRAMA: da peste, da desgraça, do disgramado. DA GOTA SERENA: algo muito intenso, muito forte; última gota antes da morte. DA MULÉSTIA: da peste, da boba, algo muito forte. DA POCHA: da peste, da desgraça, da porra. DA PORRA: da peste, da desgraça, algo muito forte. DANÇA DO CALANGO: tipo de dança que lembra movimentos de um calango. DAR A DISPENSADA: dar um fora. DAR GAMÃO: dar um problema técnico, surgir uma complicação. DAR O BOGA: dar o ânus, o chicote. DAR O CHICOTE: dar o ânus. DAR O TIRO NA MACACA: menstruar pela primeira vez. DAR UM CHEIRO: dar um beijo, beijar. DAR UM GOGÓ: "ficar" com alguém. DAR UM PEGA: dar um sarro, sarrar.
DAR UM XEXO: não pagar uma conta, cambalacho, sair sem pagar. DAR UMA BIFA: bater, dar uma porrada. DAR UMA FOFADINHA: transar. DAR UMA FURADA: transar. DAR UMA PIABA: dar um cascudo ou tapa, bater. DAR UMA PIABADA: dar pancadas, uma pisa, dar uma piaba. DAR UMA RABEADA: uma puxada brusca para um lado ( o veículo), derrapada. DEIXA DESSA!: pare com isso!. DEIXAR AOS IMBOLÉU: deixar à toa. DEIXE DE ARENGA!: pare de brigar, pare de criar caso, pare de reclamar. DEIXE DO TEU FARO!: deixe de se exibir, de contar vantagens, de mentir. DENTE DE CANGULO: dentuço. DENTE QUEIRO: dente do juízo, dente de siso, último dos dentes molares. DERRA: derradeiro, o último (em geral no jogo de ximbra). DERRADEIRO: o último. DERRUBADA: mulher feia, desmantelada, caída pelo tempo e pelo uso. DESCABAÇAR: tirar a virgindade, romper o hímem, desvirginar. DESCAMBAR: virar o rumo, sair, ir por um determinado caminho.
DESCATEMBAR: desmantelar, desmanchar, desalinhar. DESCONGOTAR: torcer o pescoço, descangotar, quebrar o pescoço. DESMANTELADA: mulher feia, derrubada, sem atrativos físicos. DESMANTELADO: quebrado. DESMENTIR: torcer, dismintir. DESONERAR: ter diarréia, desarranjar, soltar ou aliviar o intestino. DESTRUSIDADE: dor que vai da espinhela (coluna) para a pá (osso próximo a omoplata). DIACHO: interjeição de espanto, que diabo!. DIGA AÍ: saudação, oi!, olá!. DIGA AÍ FERA!: saudação a alguém a quem se quer agradar. DIGA AÍ GRANDE!: saudação a alguém a quem se quer agradar. DIGA AÍ POTÊNCIA!: saudação a alguém a quem se quer agradar. DISCABRIADO: desconfiado, que faz cara de desconfiança. DISGRAMADO: desgraçado. DISMINTIR: torcer. DO CRANCO: intenso, muito forte, potente. DO SATANÁS: forma de expressar intensidade, potência, capacidade. DO TEMPO EM QUE CANDEEIRO DAVA CHOQUE: coisa muito antiga, arcaica. DO TEMPO DO RONCA: bastante antigo, velho, ultrapassado, fora de moda. DOENÇA DO MUNDO: doença venéria.
DOIS GATOS PINGADOS: situação onde vem pouquíssima gente, umas 2 pessoas. DONA MARIA: tratamento dado a pessoas desconhecidas pelas pessoas mais simples. DOR DO CANCRO: dor danada, muito forte, intensa.
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E
E A POIS: pois é, pois não, então. E É?: interjeição de espanto muito comum, é mesmo?. É LASCA!: expressão usada para uma reclamação. É LOITA!: é difícil, que requer "luta" para se conseguir. É ROCHA!: tá certo! É TAMPA: que é muito bom, de qualidade. É UM PESTE!: forma de elogiar, exaltar uma pessoa pelo que ela fez. EITA PEIGA!: interjeição de espanto. EITA POCHA!: interjeição de espanto. EITA PORRA!: interjeição de espanto.
ELEMENTO: pilha. EMBOLADA: tipo de canto (e música) que liga as palavras da letra, embolando-as. EMBORCAR: virar, deixar de cabeça pra baixo. EMBURACAR: entrar. EMPACHADO: de barriga cheia ou inchada, entupido de comida. EMPANADA: lona de pano que cobre o circo. EMPELEITADA: empreitada. EMPRENHAR: engravidar. ENCANGAR: transar, se enganchar no ato sexual. ENFIAR O FACÃO NA BAÍNHA: homem que "aposenta" seu falo; mulher menstruada. ENGEMBRADO: dolorido, com doença reumática, corpo cheio de dores. ENGOLIR UMA VARA: ficar muito ereto, se esticar de mais". ENGUIAR: ter náuseas, engulhar. ENGUIO: vômito (provavelmete tem orígem em "embrulho"). EMPACHADO: cheio, entupido, com mal estar (de tanta comida). EMPENAR O PNEU: estar embriagada, alcoolizada. ENREDAR: fuxicar, fazer enredo, mexericar, intrigar. ENRICAR: palavra muito utilizada no lugar de 'enriquecer'. ENTABICADO: repleto, cheio, entupido. ENTURIDO: cheio, entupido, com prisão de ventre.
ESBAGAÇADO: destruído, esmagado, amassado. ESBITOCAR: arrancar pedaço, bitocar, lascar. ESBORRAR: transbordar. ESBREGUE: carão, esporro, bronca. ESBRUGADO: coisa pra fora, estufada ou esbugalhada. ESCANGOTAR: quebrar a manga de eixo dianteiro de um trator; empenar, entortar. ESCATEMBRADO: estragado, deteriorado. ESCORRENÇA: diarréia (ou escorrência). ESCORRUPICHADO: pessoa magra, de pescoço comprido; cabelo esticado a força. ESCRUVITIAR: andar muito. ESCULHAMBADOR: aquele que tira os testículos (culhões) do boi na hora do abate. ESGUERADO: com grande apetite, esfomeado. ESPANTA-BOIADA: pássaro conhecido como "quero-quero". ESPILONGADO: pessoa alta, magra, de pescoço comprido; algo esticado. ESPINHELA: coluna, espinha; parte inferior da caixa toráxica. ESPINHELA CAÍDA: arca caída. ESPIVITADO: atrevido, intrometido, assanhado, irrequieto, saliente. ESPREMEDEIRA: diarréia em criança de braço.. ESTAMBO: ou estombo, estômago na linguagem de pessoas simples.
ESTAMBOCAR: quebrar parte do reboco, tirar um pedaço, tirar uma lasca. ESTAMBOQUE: pedaço. ESTAR BALEADO: estar cansado, sem condições físicas para agir. ESTAR COM A MULÉSTIA: estar zangado, agitado. ESTAR COMO BOSTA N'ÁGUA: sem pouso nem paradeiro, sempre em movimento. ESTAR COM PICHILINGA: situação do homem cuja mulher teve neném recentemente. ESTAR DE BOI: estar menstruada. ESTAR NUMA BECA DA POCHA: estar muito arrumado, elegante, bonito. ESTAR VIRADO NO CÃO: estar doido, enfurecido, afoito, com muita força. ESTIBADO: cheio de dinheiro. ESTIRNIDO: estreito, apertado (com relação à roupas). ESTIRNIR: apertar em demasia uma peça de roupa. ESTOPORAR: estourar (de calor); sofrer derrame ou congestão cerebral. ESTOPORCORROLOPEU: interjeição de raiva. ESTREPADO: lascado, fodido. ESTRIMILIQUE: desmaio. EU MAIS VOCÊ: nós, você e eu, "você mais eu". EXONERAR: defecar.
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F
FACADA: coisa cara. FARINHA AZEDA: pessoa ruim. FARINHA DE ARARIPINA: pessoa chata, inconveniente, pé no saco. FARNESIN: mal-estar alimentar. FAROL DE JIPE: sujeito com olhos esbugalhados, grandes. FAROL DE KOMBI: sujeito com olhos grandes, esbugalhados. FARRAPAR: não comparecer ao encontro combinado. FATO: intestino, vísceras. FAZER A FEIRA: ir ao supermercado. FAZER BACU: fazer um baculejo, uma revista para procurar um objeto numa pessoa. FAZER MAL À MOÇA: deflorar uma jovem, tirar sua virgindade, transar. FAZER O BALÃO: fazer o retorno com o veículo, retornar. FAZER O SERVIÇO: defecar. FAZER SABÃO: duas sapatões xumbregando. FAZER UM GATO: fazer uma ligação de luz clandestina (roubar
energia). FEBRE DO RATO: coisa séria, importante, grandiosa. FEDERA: federal, forma de elogio. FEIJÃO DE CORDA: típico feijão da alimentação nordestina. FEIRA DO PASSARINHO: tumultuada feira de Maceió onde há de tudo, até peças roubadas. FEVEREIRO: ânus. FIAPO: pênis. FICHE: resitente, firme, inabalável, que não é mole (fixo). FILA: pesca (de prova), cola. FILÉ: mulher exuberante, gostosa; tipo de renda artesanal local. FILHO DE UMA ÉGUA: ofensa, xingamento (fio duma égua). FILHO DE UMA QUE RONCA E FUÇA: ofensa, filho de uma nojenta, de uma porca ou de uma prostituta. FININHA: estar doente, tuberculoso. FIOFÓ: ânus. FIQUE PEIXE!: fique calado!, fique calmo (quieto) FIRME E FORTE COMO UM PREGO NA AREIA: resposta dada quando se pergunta se está tudo bem, para demonstrar que não está nada bem. FLAU: saquinho plástico que tem suco congelado e que se chupa como sorvete. FROCAR: amarelar, acovardar-se, desistir da empreitada.
FLOREIO: conversa sem sentido, palavras ocas, vazias, só de enfeite. FLORZINHAS: órgão genital feminino. FOFAR: transar, dar uma fofadinha. FOGAREIRO: ânus. FOLOTE: frouxo, franzido, fofo ou folgado. FONHÉM: fanhoso, fanho, que tem a fala nasalada. FOPA: ânus, toba. FORFITE: ânus. FOUVEIRO: sujo, desbotado, de cor indefinível. FORDUNCO: desordem, bagunça. FOTEIRO: fotógrafo, que bate fotos. FREDERICO: ânus. FRIVIOCO: ânus. FROBA: ânus. FROSQUETE: ânus. FRUVIAÇÃO: piodermite em torno do pescoço, em crianças. FRUVIAR: coçar, comichar (comum na região anal por infestação de oxiurus). FUÁ: bagunça, rolo, conflito. FUBAZENTO: sujo, desbotado, acinzentado. FUBENTO: sujo, desbotado, acinzentado. FUBA: coisa sem valor, fuleira; fubá.
FUETE: bala que falhou. FULEIRAGEM: algo que não tem seriedade, brincadeira, perturbação, frescura. FULEIRO: mole, idiota, sem força, fraco, sem valor. FULENGO: mole, idiota, sem força; rapazinho, adolescente. FULÔ: flor. FULORAR: florar, florescer. FURAR: transar. FURAR A MENINA: tirar a virgindade de uma moça. FURDUNÇO: desordem, bagunça, fordunco. FURIFAR: ato sexual, casal transando. FUTRIA: intriga, fuxico, futricação. FUTUM: mal-cheiroso, podre. FUZUÊ: desordem, confusão.
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G
GABIRU: rato grande, ratazana.
GAIA: galha, ponta, chifre do traído. GAITADA: risada forte, gargalhada ou grito estridente em tom de deboche. GALEGO: pessoa de cabelo louro. GALINHA À CABIDELA: galinha ao molho pardo. GALINHA DE CAPOEIRA: galinha caipira. GAMÃO: problema técnico, dificuldade, complicação. GAMBA: zona, região de prostíbulos e meretrizes. GARAPA: qualquer líquido muito doce; cachaça com mel; bebida c/ muito acúcar. GASTAR OS CABELOS DA CABEÇA: gastar exageradamente em compras. GASTURA: agonia, mal estar. GATO: ligação elétrica clandestina (e que não é paga). GENTE POR PESTE!: indica muita gente, excesso de pessoas num local. GIRIMUM: abóbora. GOGA: risos, algazarras, brincadeiras com muitos risos. GOGÓ: mamadeira de criança (que leva leite); parte da frente do pescoço GOGÓ DA EMA: era um coqueiro c/ forma de pescoço de ema (não existe mais). GONGORÁ: pessoa interesseira, que já bota o olho grande. GONGORAR: espreitar disfarçadamente com interesses, rondar, botar o
olho. GORADO: ovo de galinha estragado. GORAR O OVO: passar vexame numa brincadeira de esconde-esconde. GORÓ: bebida alcoólica. GOSTOSÃO: tipo de pão meio doce. GOTA SERENA: interjeição usada quando a pessoa está com raiva ou indignação. GRANDE OBRA: grande bosta, coisa mal feita. GRELO: pinguelo, clitóris; broto de feijão. GRUGRUMILHO: vias respiratórias entre a garganta e o nariz. GRUVIÃO: espécie de gigolô; também usado no sentido de otário. GUAIAMUM: tipo de caranguejo. GUAXINIM: denominação popular para o lobo guará, cachorro do mato. GUENZO: atordoado, inseguro, bamboleante, adoentado, lerdo, fraco, chato. GUERREIRA: prostituta, piranha, quenga. GURIATÃ: pássaro cantante conhecido por "sete cores". HISTÓRIA DE TRANCOSO: história mentirosa, conto para crianças. HOMEM-CATENGA: que balança a cabeça concordando com tudo. HOMI, RAPAZ!: interjeição de dúvida (homem! rapaz!) usada tanto para homens, quanto para mulheres.
IGUAL SIRI NA LATA: muito bravo. IMBORNÁ: bornal, onde se guardam pacotes (na garupa de cavalo ou em bicicleta). IMPRASTE: curativo. INCHU: qualquer inseto que pica (origem em enchu = vespa); casa de marimbondo. INCHU-GALEGO: marimbondo. INCHUNFRA: provocação. INCOMBO: doença, incômodo. INCRAMUAR: caprichar. INCUNIVAR: enredar, intrigar. INFELIZ DAS COSTA OCA: pessoa que não possui nada, forma de xingamento. INHAFO: interjeição de espanto. INTÃO!: (então! intchão!) expressão típica de quem está concordando com o que está sendo dito. INTÉ!: até mais!, até breve! INTEIRAR: completar o valor para poder pagar/comprar. INTERIOR: qualquer lugar que não seja a capital (mesmo no litoral). INTRUSIDADE: dor que vai da espinhela (coluna) para a pá (osso próximo a omoplata). INZIPA: coceira estranha e descamativa das pernas.
ISBILITADA: muito cansada, estressada, desgastada. ISBIUTAR: bisbilhotar. ISONOR: isopor. ISQUINÊNCIA: originário de esquinência - olhar de quem vai morrer, comum em criança com febre e desidratação. ISTROMBO: estômago, estambo. ISTRUIR: desperdiçar. ISTRUMO: estrume, esterco de gado. IXE: interjeição de espanto (oxe!). IXE MARIA: interjeição de espanto (virgem maria!). JABURU: mulher ou homem gordo, sem atrativos. JAÇA: o bairro do Jacintinho, em Maceió. Gíria que tem o sentido de valorização deste bairro pobre. JAPONESA: sandália de tira tipo "havaiana". JOGAR UMA REBOLADA: jogar uma pedra.
JUÍZO: cabeça. JUMELO: pinto grande, pênis avantajado. JUMENTA: mulher muito bem torneada. JUMENTO BATIZADO: pessoa analfabeta, grosseira. JUMENTO SEM MÃE: pessoa sem importância, um joão-ninguém, vagabundo. LÁ PRA RIBA: lá pra cima, pra bem longe, lá pras bandas. LABAFERO: brigas. LAIADO: que está em apuros, encrencado, no perigo, lascado.
LALAU: idiota; ladrão. LAMBE-CINZA: cachorro vira-lata. LAMBER SEDA: fumar maconha. LAMPRÉIA: mulher feia. LANCHA: homossexual masculino, bicha. LAPA: medida ou tamanho considerável; uma certa dose. LAPADA: pancada, porrada; também significa uma dose de cana (cachaça). LAPISEIRA: peça que faz a ponta do lápis, apontador. LARANJA CRAVO: tangerina. LARANJO: cor entre amarelo e vermelho, alaranjado. LASCADO: que está em situação delicada, ferrado, prejudicado, sem dinheiro. LATA VELHA: espécie de ferrugem que aparece nas folhagens das plantações. LATANHADO: arranhado, machucado. LATOMIA: barulho, conversa intensa (vem de latir sem parar). LAVAR A ÉGUA: se dar bem, dar sorte. LAVAR A JEGA: se dar bem. LAXADO: rachado, lascado. LÉGUA: em algumas partes do interior, 1 légua equivale a 1 km. LEITE DE GADO: leite de vaca.
LESADO: idiota, amalucado. LESO: lesado, abestalhado, abobado. LEVAR BOMBA: ser reprovado (na escola). LIGA: elástico de amarrar dinheiro, borrachinha. LIMPAR O SALÃO: tirar melecas do nariz. LINDO ISSO!: interjeição de repreensão (tom de ironia). LISTA: quantidade de pessoas com que ûma pessoa teve relações conjugais. LISTAR: ato de namorar, de colocar na 'lista'. LISTADOR: garanhão, namorador, homem que toda mulher quer. LOITA: coisa muito trabalhosa, difícil. LOLÓ: droga de inalar como lança-perfume ou éter. LOMBA: fato engraçado, munganga, resenha, agitação. LOMBRADO: pessoa que fumou maconha, drogado, doidão. LOMBRIGA DE CU DE POBRE: pessoa magérrima. LOPREU: diabo. LUBAMBO: engodo, trapaça. LUMA: lua. LUSTRIDO: atrevido, metido; sabido, esperto.
MACACO: polícia, segundo os jagunços e cangaceiros. MACAXEIRA: aipim, importante raiz comestível. MACIÇO: parte sem osso da carne. MACURERÉ: tipo de queijo do sertão alagoano que demora 2 anos p/ ser feito. MÃE DO CORPO: útero. MAFUÁ: bagunça, confusão. MAGOTE: uma boa quantidade, certa porção ou valor considerável. MAGUINU: (de magro e nu), frente de emergência, segundo os sertanejos. MAÍNHA: mãezinha, forma carinhosa de chamar pela mãe. MAIS PRA TRÄS: antigamente, coisa do passado. MALACADA: peteleco. MALAFROJADA: mulher feia, descuidada, desmantelada, derrubada. MALANGUNZO: mal vestido, mal arrumado, amarfunhado. MALASSOMBRO: (de mal assombro) indivíduo mal apresentado, maltrapilho. MALHÃO: aquele que vive malhando. MALHAR: sair s/pagar a passagem (salta por trás); entrar s/pagar ingresso (pop: maiar). MALINO: menino reinão.
MALOQUEIRAGEM: atitudes de maloqueiro, bagunça, vadiagem, brincadeira c/ alguém. MALOQUEIRO: que só quer bagunçar, tem aparência de mendigo, trombadinha, vadio, pivete. MALUDO: corajoso, valente. MANÁ SUM-SUM: dinheiro. MANGA DE COLETE: coisa que não existe. MANGACHEIRO: vendedor de ervas. MANGANGÁ: besouro preto. MANGAR: rir da pessoa, caçoar, gozar, zonar. MANJUBA: o pênis. MANSABIQUEIRO: desconfiado, matreiro, ardiloso. MÃE DO CORPO: o útero. MÃO DE MILHO: apanhado de 50 espigas de milho. MÃO DE SEBO: pessoa que deixa as coisas escorregarem da mão, "mão-furada". MÃOZADA NO PÉ DO TOITIÇO: tapa no pescoço. MAQUEIRA: trapos, roupas que não prestam mais. MARANHA: treita, manha, enrolação. MARCA NÃO!: não faça isso não!. MARIA FILICIANA: mulher alta.
MARICO: fresco, que não é macho, delicado, afeminado. MAROMBEIRO: moroso no trabalho, que finge que está trabalhando. MARROQUE: pão dormido, murcho, velho, duro. MARUJADA: folguedo. MARUJOS DO ROSÁRIO: folguedo conhecido como congo ou congada. MAS É NADA!: interjeição de indignação, indicando não concordar ou permitir algo. MAS REPARE!: interjeição de indignação ou surpresa. MASSA: legal, muito bom. MASSADA: longa espera, chá de espera; mancada, falha. MATEU: ou Mateus? figura cômica de cara negra (reisado e outras danças típicas). MATULÃO: bolsa grande de couro para colocar tralhas. MAZELA: ferida, doença; também indica babaca, otário. ME DEIXE!: nem me fale nisso! MEIA MÃO DE MILHO: apanhado de 25 espigas de milho. MEIOTA: dose de cachaça. MEIZINHA: remédio; remédio caseiro. MELADO: cheio de "mé", alcoolizado, embriagado, que tomou "umas". MELAR: colocar coringa para fazer uma canastra (jogo de cartas); estragar, falhar.
MENDRONGO: abóbora, gerimum. MENONGO: gerimum, abóbora. MEQUETREFA: mulher feia, desajeitada, canhão. METER O SARRAFO: transar. MIJÃO: artefato junino que ao acender sai sem direção (cobrinha). MIJO DE CAVALO: tipo de cogumelo. MINDUADA: remédio de curandeiros com vários ingredientes. MINDUBA: cachaça. MIOLO DE POTE: água; besteira, bobagem. MIOLO DE TRIPA: fezes. MIORANÇA: melhoria. MIOU: falhou. MOIU GERAL: quando, numa programação, tudo falha. MISCA: pessoa mesquinha, canguinha. MISERENTO: miserável, misoró. MISORÓ: pessoa miserável, cafajeste, canalha. MISTURA: alimento que acompanha o feijão (carne,peixe,etc.). MITRA DE BISPO: ânus de galinha, sobrecu. MOÇA BRANCA: cachaça. MOÇA PERDIDA: aquela que não é mais virgem, que entrou na perdição. MOCA: (môca) surda.
MOCO: (môco) surdo, que não escuta bem. MOCÓ: tipo de roedor; feitiço. MOCÔ: acontecimento fantástico, sem explicação, magia, bruxaria (orígem indígena). MOCRÉIA: prostituta; mulher feia. MODE COISA QUE TÔ VENDO: parece que está vendo na sua frente o relato. MÓDIS: (do produto "modess"), absorvente feminino. MONDRONGO: cheio de caroços, deformidades. MOQUICO: lugar sórdido, muquifo. MORCEGAR: pegar carona na carroceria de caminhão (menino). MORGADO: coisa feia, sem graça. MORRER NA FACA CEGA: sofrer, se lascar, penar. MORTE PELENGA: pessoa magra, frágil. MORTO NOS PANOS: muito cansado, que não aguenta mais nada. MOSQUITO DE BOSTA: pessoa metida, incherida. MOTOR A FOGO: carro, automóvel. MOURÃO: vaquejada pequena. MUCUIM: inseto muito pequeno que causa coceiras e irritação na pele. MUCUIM COM TOSSE: pessoa pernóstica, sem valor, porém presunçosa. MUDOBIM: amendoim.
MUFINO: medroso, sem coragem. MUINHANHA: mochila, bisaca. MUITO PAU: chato. MULHER ARROCHADA: mulher apertadinha. MULHER-DAMA: prostituta. MULHER-DA-VIDA: prostituta. MULHER QUE BRINCA: aquela que topa dar uma transada. MUNDIÇA: (de imundice), pessoa sem cuidados higiênicos, suja, sem classe, ralé. MUNGANGA: careta, gesticulações cômicas. MUNGANGUEIRO: que faz caretas, mungangas. MUNGUZÁ: iguaria feita de milho, que no sul é conhecida como canjica. MUNHECADA: tapa, tabefe. MURAMBUDO: triste. MURIÇOCA: mosquito, pernilongo. MURUANHA: muriçoca, pernilongo. NÃO SE AVEXE!: não se preocupe! NAMBU: ave de caça. NA TABA DA VENTA: diante do nariz, na cara. NEGO: forma de tratamento (cordial).
NEGO PRETO: crioulo, negro. NEM CITE: nem aí, nem ligar, nem se preocupar. NEM QUE SEJA DEBAIXO DA CAMA DO SATANÁS: de qualquer jeito. NHACA: mal cheiro. NOQUIBA: mulher fácil, prostituta, quenga, piniqueira. NO AÇO: com a moléstia; algo com firmeza. NÓ CEGO: coisa muito difícil. NÓ NA TRIPA: apendicite; congestão. NO OCO DO MUNDO: que está em lugar ignorado. NO PÉ DO OUVIDO: junto ao ouvido (conversa ou topada). NOPRÓ: volvo, nó (na barriga ou pele), como um caroço ou calombo. NUNCA TIROU UMA CUECA COM A BOCA: forma irônica de citar uma mulher que nunca transou. OFENDER: usado no sentido de fazer mal a barriga (alimentos e bebidas). OIÇAS: ouvidos. OLHA O LENÇOL ARRASTANDO!: forma disfarçada de dizer que tem alguém cochilando. OLHO DE TEJO: olho grande nas coisas dos outros. ÔNIBUS: mulher que todo mundo já pegou, coletiva. ORELHA SECA: pessoa sem importância, pião. OU CHOVE, OU VENTA PRA FAZER MEDO: forma disfarçada de ironizar o
nariz grande de outra pessoa. OVO VIRADO: virado no cão, doido, aperreado, agoniado. OXE: interjeição de espanto. OXENTE: interjeição de espanto. PÁ: região das costas, perto das omoplatas. PAÇOCA: iguaria com carne de sol frita e amassada com farinha grossa de mandioca. PAGOGA: cigarro de palha. PAIA: coisa que não presta, coisa fuleira. PAIEZA: besteira, bobeira, babaquice. PAÍNHO: paizinho, forma carinhosa de chamar o pai. PANCADA DE CEGO: golpe sem direção, que pode atingir a qualquer pessoa ou coisa. PANQUEBA: que manca do pé. PANTINHO: tique nervoso, frescura, descontrole, faniquito, munganga. PAPA ANJO: homem que gosta de namorar ou transar com meninas bem novas.
PAPA FIGO: criatura que come o fígado das crianças (lenda p/ assustar crianças). PAPÃO: caçapa, o buraco no chão no jogo de ximbra. PAPOCAR: estourar, arrebentar, explodir. PAPOCO: estouro, pipoco. PAREIA: amigo ( de parelha - par ). PARIDEIRA: mulher que tem muitos filhos, sem parar, que vive parindo. PARRAPAPÁ: um som característico que pode indicar: festa, discussão, dança, etc. PARRECO: bunda. PASSADO NA CASCA DO ANGICO: experiente, maduro. PASSAPORTE: sanduíche c/ vários recheios vendido em trailers de praias e praças. PASSAR BANHA: agradar. PASSAR RAIVA: denominação para o mamão papaia. PASSAR GATO: repreender. PASSAR PELO PAU DO CANTO: ser aprovado c/ pontuação mínima, passar raspando. PASTORIL: dança folclórica alagoana. PAU D'ÁGUA: cachaceiro. PAU DE ARARA: caminhão coberto que transporta muitas pessoas na carroceria.
PAU DE FOGO: espingarda ordinária. PAU DENTRO: cachaça. PECINHA: gata, mulher deslumbrante. PECINHA DE USINA: mulher feia. PEÇONHA: secreção de ferimentos, pus. PÉ DE CANA: cachaceiro, que gosta de tomar "cana". PÉ DE FERRO: peça que apóia a vara de pesca na areia. PÉ DE LÃ: o amante da mulher, o "ricardão", pé de pano. PÉ DE PANO: amante da mulher, o "ricardão". PÉ DE PAU: uma árvore qualquer. PEDEGUEBA: pessoa chata, besta. PEGAR CABACINHO: homem que pega moças virgens, que tira o "cabaço" delas. PEGAR NO PAU DA VENTA: pancada que pega no nariz. PEGAR O BALÃO: pegar o próximo retorno de veículos, retornar. PEIA: pênis. PEIDANÇA: vários peidos. PEIDO DE VÉIO: espécie de bomba de São João. PEITICA: teima. PEITO DE VELHA: flau. PEIXEIRA: facão curto e muito cortante, arma muito comum. PELEIO: xamego, agitação, auê, festança. PENDENGA: desentendimento, discordância. PENSAR QUE BIRIMBAU É GAITA: estar enganado, iludido. PERDOE: bolsa para pedir esmolas. PERENGUE: doente em estado grave. PERLUCHE: espécie de maracujá pequeno. PERRECO: peixe pequeno. PERRONICO: teimoso (tem orígem na palavra "pirrônico"). PERSEGUIDA: vagina. PERU: bebida alcoólica que leva mel (geralmente vinho ou aguardente). PESCA: cola de prova, respostas da prova. PESTE ENCAIBADA: xingamento. PETISQUEIRO: lugar onde se guardam louças. PIÃ: pestanejar de sono. PIABADA: balanço brusco da cabeça (despencar) de quem começa a cochilar sentado. PIANO: caixão de defunto. PICADINHO: embaixada, tocar bola sem deixar cair no chão. PICHILINGA: bicho da galinha e outras aves; coisa muito pequenina. PICINÊS: óculos. PICUÁS: tralhas, coisinhas.
PICUÍNHA: implicância. PIGOILANA: pessoa zangada, braba, irritada. PÍLULA BUFANTE: batata-doce. PINDIBA: encrenca, briga. PINDUNGO: garrote magro, raquítico. PINGADEIRA: coriza, nariz escorrendo. PINGUÇO: cachaceiro, que gosta de tomar "pinga". PINGUEIRA: goteira. PINGUELO: clitóris. PINHA: fruta do conde, ata. PINICÃO: beliscão. PINIQUEIRA: prostituta, piranha, quenga. PINTA: pênis (geralmente referindo-se a meninos). PINTO: o mesmo que pinta - pênis. PIRÃO DE LOURO: o vômito do bêbado. PIRARA: meretriz, prostituta. PIRIAR: fugir. PIRIRI: desinteria. PIROBO: homossexual masculino, efeminado. PIOLHO DE CIGANO: pessoa que não para em lugar nenhum. PISA: surra.
PISSILONE: a letra "Y". PITI: desejo sexual intenso, forte apetite sexual, ânsia de sexo; histeria, crise de saúde. POCAR: estourar, arrebentar, furar (uma bola). POGÊNIA: marca de ferida pelo corpo. POMBA LESA: retardada, pessoa lesada, idiota. POMBA LEVE: pomba lesa, abobalhado, sonso. PONTA DE RUA: indica baixa condição social, gentalha, ralé. POR PESTE: em grande quantidade, muita quantidade (é precedido pelo elemento que deve ser quantificado). PORONGO: cachaça; peido. PORRÓIA: pessoa ordinária, sem coração. PORTINHA DO SIM SENHOR: versão moralista e irônica do ânus. PORVARINO: ânus. PRÁ MODE: para que, de modo a. PRATIVAI: o pênis. PREÁ: espécie de rato grande, roedor. PRECISÃO: necessidade. PREGO: pessoa sem qualificação. PREGO SEM ESTOPA: pessoa que nega, por ter interesses e querer recompensas.
PRENHA: grávida. PRESA DE BICO: beijo na boca. PRESEPADA: coisa bagunçada ou que não está apresentável. PREXECA: vagina. PREXECUDA: que tem a vagina grande, tabacuda. PRIMA: o primeiro a jogar (jogo de ximbra). PRIQUITA: a vulva, a vagina, a xoxota de menina (vem de periquita). PROSEAR: conversar, ter uma prosa. PRUCÁ: por cá, por lá. PRUQUI: por aqui, por ali. PRUS MODE QUE: devido a, por causa de. PUARA: prostituta. PUBA ou PUBO: estar cheio de ver ou ouvir uma determinada coisa. PUCUMÃ: teia de aranha. PUIA: graçola, piada; momento de raiva. PULAR AVIÃO: brincar de amarelinha. PURRÃO: pote grande para guardar água. PUXAMENTO: asma. QUAEIRA: vísceras, intestinos. QUAEIRA ARRIADA: hemorróidas, queda do reto. QUARTO: região lombar, por trás na altura da cintura. QUARTINHA: reservatório de água (mesma função que o pote).
QUARTUDA: que tem os quartos largos, bunduda ou de grande quadril. QUE PANCA!: que jeito louco, que roupa doida (originado de 'punk'). QUE SÓ: muito, demais, bastante. QUE SÓ A PEIGA: muito, demais, bastante. QUE SÓ A POCHA: muito, demais, bastante. QUE SÓ A PORRA: muito, demais, bastante. QUEBRA QUEIXO: doce de difícil mastigação vendido pelas ruas. QUEBRADURA: hérnia. QUEDE? : cade?, onde? QUEIMADEIRA: azia. QUEIMAR A ROSCA: fazer sexo anal (penetrado pelo ânus). QUELÉ: abreviatura de Clemente. QUENGA: prostituta ou mulher que tem muitos homens. QUENGAR: dormir com uma quenga (homem) ou se oferecer a homens (mulher). QUENGAGEM: referente a pessoa que vive a quengar. QUENGO: cabeça. QUEQUEU: cachaça. QUERECA: feridinha, pereba. QUERRENCA: mulher feia; prostituta. QUIBA: testículo.
QUIBACA: casca do coqueiro, quando cai. QUIBONGO: barriga grande (por comida, gravidez ou doença). QUIBUNGUE: vagabundo. RABEADA: derrapar, dar um 'rabo de arraia', mover/arrastar o rabo/cauda. RABO DE ARRAIA: 'cavalo de pau' com carro, bicicleta ou moto. RABO DE OLHO: olhar disfarçadamente, ou com ar de censura. RABO DE JUMENTA: bunda muito grande. RACHAR: jogar uma pelada. RADIOLA: vitrola, toca-discos, som. RAIA: denominação local para pipa (de soltar). RAÍNHA DA COCADA PRETA: mulher metida (masc: rei da cocada preta). RAIO DA CILIBRINA: pessoa travessa, endiabrada. RAPARIGA: prostituta. RASGA-MORTALHA: espécie de coruja. RASGA-TIRA: tipo de flato (pum) com barulho característico. RASPA-RASPA: bebida vendida em carrocinhas feita de xarope de fruta e gelo raspado. RASPAR AS CANELAS: trair o marido (a mulher), chifrar o marido. RECA: magote, cambada (variação de 'renca'). REGUINGAR: não se conformar. REINÃO: menino danado, que mexe em tudo. REINAR: futucar, ficar mexendo por curiosidade, descobrir por tentativa, traquinar.
REISADO: dança folclórica alagoana. RELA-RELA: escorregador, escorrega de pracinhas. RENCA: uma grande quantidade, um monte. RENCA DE BUFETE: um monte de tapas. REPARE!: interjeição de surpresa ou indignação. RESENHA: comédia, coisa cômica. RETRÓS: carretel de linha. REZINGUENTO: que gosta de discutir ou de trocar palavras. RIMINAR: resistir, embaraçar. ROBERTO CARLOS: tipo de pão que tem raspinhas (de côco) em cima. RODAGEM: estrada, rodovia, pista. ROLA: pênis. ROLA-BOSTA: grande e forte besouro negro. ROLETE: rodelas de cana para chupar, geralmente vendidas em espeto. ROLO: barganha, troca de mercadorias. ROSCOF: relógio, qualquer relógio, relógio vagabundo. RUBACÃO: feijão com arroz. RUMA: muita coisa, um monte, objetos, pessoas, um bocado. RUMBEIRA: dançarina de circos do interior que usa biquini. SABUEIRA: menina que "fica" com muitos garotos. SACI: saquinho de suco que se toma espetando canudinho, vendido nas praias. SACUDIR: jogar fora, lançar. SAIDEIRA: a última rodada antes de sair, geralmente de bebidas. SAIMENTO: inconveniência, descaramento, pouca vergonha. SAIR COM DOIS QUENTES E UM FERVENDO: ir embora com raiva. SAIR DE BANDINHA: sair disfarçadamente, sem chamar atenção. SAIR FEITO BUFA: sair de fininho, sair de repente, sumir. SALSEIRO: que briga com todo mundo, brigão. SALTA MOITA: que não para quieto, que salta muito; tangedor de bois. SAMANGO: policial de baixa patente. SAPECADO: trabalho feito de qualquer jeito, com pressa e sem a devida atenção. SAPOCA: saliência anômala do globo ocular, olho esbugalhado, grande (de sapo). SAPO DE RABO: pessoa gorda de pernas curtas. SARACOITÉ: criança agitada, que não para. SARGAÇO: plantas ou algas marinhas muito comuns no litoral alagoano. SE ABRIR: rir, achar graça. SE APROCHEGUE: se chegue, chega mais, fique mais próximo, mais perto. SE ORIENTE!: fique esperto, ligado, o mesmo que tome tento.
SEBITE: (diz-se sibite), espivitado, saliente, atrevido, intrometido, irrequieto. SEBOSO: pessoa que executa mal uma tarefa; serviço mal feito; sem asseio. SECAR: esvaziar, emagrecer. SECO: vazio, magro. SECURA: desejo ardente ou desesperado, vício, fixação por fazer alguma coisa. SÊDA: tipo de pão bem macio. SEM-VERGONHO: homem sem-vergonha. SENTINELA: velório. SESSÃO BACURAU: sessão ou reunião muito tarde da noite. SESTRO: desconfiado, cheio de melindres. SEU VIGÁRIO!: termo usado pelos antigos habitantes do sertão para dar sentido de confirmação. SEU ZÉ: tratamento dado a pessoas desconhecidas pelas pessoas mais simples. SIBITE: pessoa metida, intrometida, por vezes exibida, que gosta de aparecer; tanajura pequena (macho). SIBITE BALEADO: pior que o sibite, sibite ao extremo. SIGA: o segundo a jogar (jogo de ximbra).
SIPITUCA: crise nervosa, chilique. SIRI BOCETA: indivíduo manhoso, que tem lábias, conversador. SIRI DE CORAL: prato regional que contém apenas as fêmeas do siri que estão com coral; crustáceo da família dos portunídeos. SOBRADA: usado no sentido de quem tentou fazer uma curva e não conseguiu (passou reto); se passar em alguma coisa. SOBROÇO: mágoa, ressentimento; medo (também se escreve "sobrosso"). SOCA-TEMPERO: espingarda conhecida como soca-soca. SULAPO: buraco. SUPLICANTE: a amante (principalmente de homem casado). SOLTAR O BICHO: mulher que topa uma transa (também o pederasta que topa). SUMBECAR: esconder. SUPITAR: subir. SURRA DE PICA: ato sexual intenso do homem sobre a mulher p/ amansá-la. SURRA DE PICA DE BOI: surra violenta que utiliza artefato construído c/ o pênis do boi. SURRA DE PRIQUITA: ato sexual intenso da mulher sobre o homem p/ amansá-lo. SURU: animal de rabo curto ou cotó. SURURU: tipo de crustáceo de lagoa. SURURU DE CAPOTE: sururu com a casca. SURURU DISPINICADO: sururu que é aferventado e retirado da casca.
TÁ: enfatização referente ao tamanho exagerado. Ex: tá o sanduíche! TÁ PENSANDO QUE CEBOLA É OVO? : questionamento sobre algo que foi confundido, estar confundindo as coisas. TABACA: genitália feminina. TABACO: genitália feminina. TABACUDA: mulher que tem a parte genital volumosa, estufada, visivelmente grande. TABARÉU: ignorante, imbecil, que não entende nada. TABOCA: pequena venda. TÁ COM A GOTA!: estar agitado, elétrico. TÁ COM A GOTA QUE: expressão de quase certeza que algo não poderá acontecer. TÁ COM A PORRA QUE: expressão de quase certeza que algo não poderá acontecer. TÁ COM A POCHA QUE: expressão de quase certeza que algo não poderá acontecer. TÁ ROCHEDO: tá massa, tá muito bom, muito legal. TÁ VARIANDO! : tá doido! ficou louco! TALAGADA: gole grande, golada. TAMBOEIRA: espiga de milho desdentada, pequena, sem proveito. TAMBORETE DE GANDAIA: pessoa baixinha.
TAMPA DE BINGA: homem pequeno. TAMPA DE CRUSH: coisa muito boa, de qualidade. TANGERINO: que tange bois, salta moita. TAQUINHO: pedacinho, coisa pequena. TAPADA DOS ENTENDIMENTOS: burra, lesada, ignorante. TAPADO: ignorante, estúpido, que não entende de nada. TAREBA: o pênis. TAREFA: medida agrária = 1/3 de ha, ou 3630 m2 (valor difere em outros estados!). TCHOLINHA: pessoa tola, afrescalhada, bichinha, afeminado. TECHUPA: referente ao pênis. TEJE PRESO!: você está preso! (voz de prisão). TEJO: teju, lagarto do mato. TEJU: tipo de lagarto do mato. TENENÇA: atenção, reparo. TER MENINO: parir, ter um filho (não importa se foi menino ou menina). TERÇO DO COCAL: assunto ou evento longo e cansativo ("terço do cocar"). TERNA: o terceiro a jogar (jogo de ximbra). TERNANTONTEM: antes de anteontem.
TERRA DOS MARECHAIS: o estado de Alagoas, "as Alagoas". TEU: teju, lagarto. TIBACA: bobo, lesado, bestão. TIBI: cheio, satisfeito. TIBORNA: esgoto, vala de esgoto que fede, desembocadura de esgoto. TIRAR CATOTA: tirar melecas do nariz. TIRAR CRECA: tirar melecas do nariz, ou alguma sujeira grossa. TIRAR DO SENTIDO: esquecer, renunciar. BESTICE: besteira. TOBA: o ânus. TOCAR BRONHA: se masturbar. TOCO: pessoa de pequena estatura, baixinho, tampinha. TOIA: guimba, ponta de cigarro. TOITIÇO: pescoço, cangote, piloro. TOME TENTO! : tenha juízo! tenha vergonha! tome jeito! TORA: dormir (muito usada no quartel). TORADA: fazer sexo. TORAR: estourar, romper, arrebentar. TORAR UM PINO: ficar preocupado com algo que já fez. TOTÓ: parte de trás do pescoço (contrário ao "gogó").
TRABALHO DE CARREGAÇÃO: obra mal feita, feita às pressas, sem acabamento. TRAMBOLHO: trombolho, coisa sem graça. TRAQUE BEBÉ: artefato de festas juninas que estoura ao cair ao chão, estalo, estalinho. TREITA: enrolação, mutreta. TRELOSO: menino danado, arteiro, reinão, bagunceiro. TREPEÇA: pessoa que atrapalha ou aborrece a outra. TRIBUFU: o mesmo que trepeça. TRINCA-CUNHÃO: formiga de coqueiro. TRIPA GAITEIRA: saída do ânus, onde saem gases (gaita). TRIPÉ: diz-se do homem que tem o pênis muito grande. TRONCHO: torto, envergado, desalinhado, fora de simetria. TRONCHURA: que está torto, desalinhado, mal-feito, mal-acabado. TRUBUFU: mulher feia; tribufu. TRUNCADA: caminhão. TRUPÉ: dançar de tamancos no forró. TRUVERO: trazer alguma coisa. TUBIDO: local cheio de gente, lotado. TUÍTA: ferida, pereba. TULAMBE: o pênis.
UBRE: úbere, parte do peito do animal que guarda o leite. UMBU: fruta típica de Alagoas, muito nutritiva. UMBUZADA: creme (ou doce) feito de umbu. URUBU CANGUEIRO: pessoa alta, deselegante, que anda gingando, encurvado. URUPEMA: peneira de palha. VADIAÇÃO: fornicação. VALEI-ME!: interjeição de espanto, surpresa, susto.
VANIQUITO: (de faniquito) pessoa nervosa. VARA DE BATER PECADO: pessoa muito magra. VARA DE VIRAR TRIPA: pessoa muito comprida e seca (magra). VAREDO: caminho dentro do mato, trilha (vereda). VARIAR: enlouquecer, dizer sandices. VAPAPU: tabefes, tapas. VENTA DE PORRONCA: nariz grande e grosso, narigão. VICANDO: mulher querendo transar. VICHE: interjeição de espanto (virgem). VIDA DE CÉU: vida boa, feliz. VIRADO NO SIRI: com muita raiva, furioso. VIRAR ESCAMBOTE: virar cambalhota; cair. VIVER NA QUENGAGEM: levar a vida em prostíbulos (local das quengas) ou tendo vários parceiros sexuais. VOCÊ MAIS EU: nós. VOÍNHA: vozinha, tratamento carinhoso para com a avó. VOÍNHO: vovozinho, tratamento carinhoso para com o avô. VOLTA: adereço colocado no pescoço, qualquer colar ou corrente. VOMITAR O PIRÃO DE LOURO: vomitar de tanto beber. VÔO DE BACURAU: ato de pessoa que não se arrisca, que não é empreendedora. VOU-TE: interjeição de espanto. VOU-LE: interjeição de espanto.
XANGÔ: designação genérica para macumba, umbanda ou candomblé (local ou ritos). XANGOZEIRO: que pratica o "xangô", macumbeiro. XANHA: tipo de micose que dá na virílha; a vagina. XAVASCA: a vagina. XEDÉIA: prosa, conversa fiada. XENHENHÉM: conversa fiada, desculpa mal arranjada; frescura, chilique; a vulva. XEREBECA: genitália feminina. XERECA: a vulva, a vagina. XERECOLOGISTA: ginecologista, médico de xereca. XERÉM: objeto precioso e desejado; vagina. XEXO: ato de não pagar e fugir; também se refere ao seixo (pedra). XIBIU: a vulva, vagina. XIMBRA: bola de gude, bola de vidro, brinquedo de meninos. XIBUNGO: pederasta, em geral passivo (usado no sentido de inferiorizar). XINICA: bosta, cocô, excremento. XIRANHA: a vulva. XIRIBANDA: zuada, barulho. XOXO: pessoa magra; pessoa trista, cabisbaixa. XUMBREGAR: sarrar, tirar uma casquinha sem transar. XUMBREGO: xumbregar, esfregar-se com safadeza, sarro.
ZAMBETO: zambeta, das pernas tortas (joelhos encostados). ZÉ BOCÓ: homem apalermado, bobão; ânus. ZÉ DAS QUANTAS: um "zé-ninguém", ninguém importante. ZÉ DO BROQUINHA: ânus. ZÉ MUIÉ: pederasta passivo; homem mole. ZINIR: azunir, arremessar, lançar, jogar. ZONAR: gozar, debochar, fazer por gozação, provocar uma "zona" (desordem). ZORÓ: amalucado, adoidado. ZUADA: barulho alto ou irritante; muitas pessoas falando ao mesmo tempo. ZUEIRA: zuada, zumbido. ZURETA: estonteado, adoidado, amalucado. ZURUÓ: amalucado, adoidado, zoró. |